Capa do livro de Carlos Nejar, imortal da Academia Brasileira de Letras
Capa do livro de Carlos Nejar, imortal da Academia Brasileira de Letras

Registro, igualmente, (...), e a figura que surge com “arrebatamento lírico”, no dizer de Lêdo Ivo, que é poeta e crítico, Diego Mendes Sousa, filho da Parnaíba, (1989-), de que muito se dirá, tendo publicado Fogo de Alabastro, Candelabro de Álamo e Metafísica do Encanto, com a expressão de um novo Simbolismo, com ambição e alteza. Diego é advogado, indigenista e extraordinário crítico literário, analista profundo e erudito. Além dos volumes já mencionados, saíram vários livros seus, em 2019: Fanais dos Verdes Luzeiros, O Viajor de Altaíba, Tinteiros da Casa e do Coração Desertos, Gravidade das Xananas e Velas Náufragas. Donde se depreende que, salvo as publicações iniciais e com essas, no mesmo ano, não se percebe uma trajetória que se vai ascendo, pouco a pouco, mas uma explosão de amadurecimento estético, o que é curioso e admirável, impondo-se um horizonte lírico poderoso, onde se canaliza forte amor à terra natal, a presença marítima, com temas que se entrelaçam, harmoniosamente, como o amor, a morte, a solidão, a miséria, o limite. Ou a coragem de “mergulhar no clarão”, traduzindo lembranças em precioso armazém verbal, assumindo certa mitologia mágica. E um nomadismo, aliado a uma alquimia que não se perturba com a incandescente alucinação da beleza, certo, com Blake, de que “a exuberância é beleza”. Busca sempre e obstinadamente, o que determina a sua grandeza, o que Octavio Paz chama de “convocação do tempo original”.

 

Carlos Nejar, em História da Literatura Brasileira – Da Carta de Caminha aos contemporâneos. Quarta Edição, Revista e Ampliada. Editora Noeses. Ano de 2022. 1.172 páginas.

 

Para aquisição do livro:

https://www.editoranoeses.com.br/historia-da-literatura-brasileira-da-carta-de-caminha-aos-contemporaneos.html