Novos navios de guerra brasileiros são qualificados e já podem ser construídos em Itajaí

Qualificação da primeira Fragata Classe Tamandaré aconteceu nesta terça-feira (21) no Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí

Uma seção das praças de máquinas da futura Fragata Classe Tamandaré foi apresentada e qualificada nesta terça-feira (21) no Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina. A qualificação aconteceu em um evento que contou com a presença de representantes da Marinha do Brasil e do consórcio Águas Azuis, que vai executar o projeto desta e de mais três navios de guerra.

Novos navios de guerra brasileiros já podem ser construídos em Itajaí – Foto: Marinha do Brasil/Divulgação/NDNovos navios de guerra brasileiros já podem ser construídos em Itajaí – Foto: Marinha do Brasil/Divulgação/ND

O modelo qualificado nesta terça é um “mock-up” e reproduz, em dimensões reais, parte da estrutura do navio. Ela foi verificada pela Sociedade Classificadora e pelas normas e requisitos contratuais. Agora, as embarcações já podem começar a ser construídas.

Ao todo, serão quatro fragatas Classe Tamandaré construídas em Itajaí, um projeto conduzido desde 2017, gerenciado pela Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais). O contrato prevê um investimento de R$ 10 bilhões. Além disso, deve gerar mais de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos. A primeira fragata deve começar a ser fabricada ainda este ano e tem previsão para entrega em setembro de 2023.

Com a estrutura qualificada, construção das fragatas pode iniciar ainda este ano - Marinha do Brasil/Divulgação/ND
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Com a estrutura qualificada, construção das fragatas pode iniciar ainda este ano - Marinha do Brasil/Divulgação/ND
Parte da praça de máquinas foi apresentada para autoridades da Marinha e do Consórcio Águas Azuis para qualificação da estrutura - Marinha do Brasil/Divulgação/ND
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Parte da praça de máquinas foi apresentada para autoridades da Marinha e do Consórcio Águas Azuis para qualificação da estrutura - Marinha do Brasil/Divulgação/ND

Para o Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, Comandante da Marinha, essa construção é mais complexa e desafiadora e exige mão-de-obra qualificada e tecnologia para garantir que os navios de guerra estejam nos parâmetros contratuais.

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“Isso traz ao Brasil uma capacidade de patrulharmos melhor a nossa Amazônia Azul, os 5,7 milhões de quilômetros quadrados de soberania sobre o mar que os brasileiros têm; traz a oportunidade da Marinha do Brasil se fazer mais presente aos chamamentos dos organismos internacionais tendo uma maior presença, cumprindo missões de paz do interesse do governo e do povo brasileiro”, afirma o almirante.

Projeto será executado por um estaleiro de Itajaí – Foto: Marinha do Brasil/Divulgação/NDProjeto será executado por um estaleiro de Itajaí – Foto: Marinha do Brasil/Divulgação/ND

Ainda para o comandante da Marinha, o fortalecimento da indústria de defesa é positivo não apenas para as Forças Armadas, mas para todo o país. “A indústria da defesa traz empregos de qualidade, ela paga mais impostos, ela traz pessoal mais qualificado, e isso é bom para o Brasil todo”.

Com isso, o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB) acredita que o setor da construção naval da cidade será ainda mais fortalecido. “Isso vai envolver muita transferência de tecnologia, geração de empregos, crescimento e desenvolvimento. Itajaí já é um polo da construção naval no Brasil, com isso vamos nos tornar referência na construção naval militar no Hemisfério Sul”, cita o prefeito.

As fragatas

As fragatas contam com características tais como deslocamento de 3,3 mil toneladas, 107 metros de comprimento e largura máxima de 16 metros, autonomia de 9,2 mil km à velocidade de cruzeiro, velocidade máxima de 25,5 nós (47,2 km/h). As embarcações ainda podem levar uma tripulação total de cerca de 130 militares.

Ao todo, projeto prevê investimento de R$ 10 bilhões – Foto: Marinha do Brasil/Divulgação/NDAo todo, projeto prevê investimento de R$ 10 bilhões – Foto: Marinha do Brasil/Divulgação/ND

O Programa Fragatas Classe Tamandaré prevê a transferência de tecnologia e a capacitação de empresas e da Marinha do Brasil. Essa tecnologia é dominada por poucos países e cuja incorporação ao espectro tecnológico nacional representa um passo, não só na garantia de independência na manutenção adaptativa e evolutiva dos atuais e futuros meios navais, mas também importantes reflexos duais em aplicações na indústria nacional.

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