Por Memória Globo

Acervo/Globo

1967

Em 1967, 46 músicas foram inscritas no Festival Internacional da Canção, entre elas: Eu te Amo, Amor, de Francis Hime e Vinicius de Moraes; Nem É Carnaval, de Toninho Horta e Márcio Borges; Cantiga, de Dori Caymmi e Nelson Motta;Segue Cantando, de Marcos e Paulo Sérgio Valle; São os do Norte que Vêm, de Capiba e Ariano Suassuna; Canta, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; Fala Baixinho, de Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho; Canto de Despedida, de Edu Lobo e Capinan; Carolina, de Chico Buarque de Hollanda; Da Serra, da Terra e de Mar, de Geraldo Vandré, Théo de Barros e Hermeto Paschoal; Maria, Minha Fé e Morro Velho, de Milton Nascimento; e Travessia, de Milton Nascimento e Fernando Brant.

As eliminatórias foram realizadas no Maracanãzinho, nos dias 19 e 21 de outubro de 1967, uma quinta-feira e um sábado, respectivamente. A grande final foi no domingo, dia 22.

A canção Margarida, do baiano Gutemberg Guarabira, que havia sido apresentada na primeira eliminatória, interpretada pelo próprio autor e pelo grupo Manifesto, venceu o festival. Logo em sua primeira apresentação, a música já conquistara o público, com seu refrão de cantiga de roda fácil de decorar: “E apareceu a Margarida, olê, olê, olá/e apareceu a Margarida, olê, seus cavaleiros”. Em segundo lugar, ficou Travessia, interpretada por Milton Nascimento; em terceiro, Carolina, de Chico Buarque de Hollanda, cantada por Cynara e Cybele.

Além das vencedoras, conquistaram o público Canção de Esperar Você, de Fernando Leporace, interpretada por sua irmã, Gracinha; e Morro Velho, de Milton Nascimento, interpretada pelo próprio.

Produção

O ginásio do Maracanãzinho, onde o FIC era realizado, passou por reformas, em parte financiadas pela Globo, para receber o festival em 1967. Os camarins foram pintados, o palco, inteiramente reformado e a área externa, iluminada com lâmpadas de mercúrio. A Globo ainda arcou com quase US$ 50 mil na montagem de um novo equipamento de som, assim como pagou por 1.400 cadeiras de pista para os convidados especiais. A emissora também desembolsou pelos prêmios dados aos vencedores, pelas mais de 200 passagens internacionais e nacionais, pelos cenários e por parte dos custos da organização.

Sob o comando do engenheiro Herbert Fiuza, a sonorização contou com 40 caixas de som e 15 amplificadores de 50 watts, dos quais dois para o júri. Para melhorar a acústica, os refletores, localizados sob um teto falso, seriam rebaixados ao máximo para diminuir o rebatimento. Tapetes foram colocados nas áreas vazias.

O cenário foi projetado pelo decorador Julio Sena e apresentava, ao fundo, um grande painel de plástico branco, iluminado por trás, com a imagem do símbolo do Galo de Ouro no centro. O palco tinha dois planos: um superior, onde se apresentavam os cantores e backing vocals; e outro inferior, com a orquestra e o maestro.

Além dos artistas brasileiros, foram recebidos 170 músicos estrangeiros na edição de 1967 do FIC. O público foi estimado entre 15 e 20 mil pessoas. Cerca de 300 jornalistas, brasileiros e estrangeiros, cobriram o evento.

1968

A edição de 1968 entrou para a história da MPB pela tônica de protesto ao regime militar, tanto nas canções como na reação do público. Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque de Hollanda, interpretada por Cynara e Cybele, venceu o festival, a despeito das vaias da plateia, que preferia Para Não Dizer que Não Falei de Flores. A música de Geraldo Vandré, interpretada pelo próprio autor e notabilizada como hino contra a repressão política da época, ficou em segundo lugar. Andança, de Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi e Edmundo Souto, interpretada por Beth Carvalho e os Golden Boys, ficou em terceiro. Sabiá também venceria a fase internacional do festival.

Na grade final, ocorrida em 29/09/1968, Nelson Motta entrevista os compositores de “Sabiá”, Chico Buarque e Tom Jobim.

Na grade final, ocorrida em 29/09/1968, Nelson Motta entrevista os compositores de “Sabiá”, Chico Buarque e Tom Jobim.

Nesta edição, as eliminatórias foram divididas em duas fases: a primeira em São Paulo, realizada no Teatro da Pontifícia Universidade Católica (Tuca), e a segunda, no Maracanãzinho – onde também foi promovida a grande final. As eliminatórias paulistas foram realizadas nos dias 12 e 14 de setembro de 1968, e a segunda no dia 14. No domingo seguinte, dez das 24 músicas apresentadas nos dias anteriores chegaram à segunda fase das eliminatórias, realizada nos dias 26 e 28 de setembro, no Rio. A grande final aconteceu no dia 29.

Entre os compositores cujas canções foram defendidas na edição de 1968 (além dos já citados Tom Jobim, Chico Buarque de Hollanda e Geraldo Vandré), estavam Jorge Ben Jor (na época, apenas Jorge Ben, com Congada), Caetano Veloso (É Proibido Proibir), Toquinho e Vanzolini (Na Boca da Noite), Sérgio Ricardo (Canção do Amor Armado), Tom Zé (Sem Entrada, Sem Mais Nada), Gilberto Gil (Questão de Ordem), Renato Teixeira (Era Azul), Os Mutantes (Caminhante Noturno) e Johnny Alf (Plenilúnio), entre outros.

Onde Anda Iolanda, de Rolando Boldrin, interpretada por ele mesmo, foi uma das canções mais aplaudidas nas eliminatórias. Outro destaque foi Na Boca da Noite, de Toquinho e Paulo Vanzolini, defendida pelo conjunto vocal Canto 4. Geraldo Vandré também conquistou o público com a letra de Para Não Dizer que Não Falei de Flores, cujo refrão era basicamente o que o público queria dizer contra o regime militar: “Vem, vamos embora/que esperar não é saber/quem sabe faz a hora/não espera acontecer”.

Na etapa paulista, Caetano Veloso foi vaiado no Teatro Tuca quando cantou com Os Mutantes a música É Proibido Proibir, de sua autoria. Quando o público virou-lhe as costas, o cantor proferiu um discurso que se tornou célebre.

“Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder? […] A mesma juventude que vai sempre, sempre, matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem! […] Se vocês, em política, forem como são em estética, estamos feitos!”, bradou, ironicamente, Caetano Veloso.

Cynara e Cybele interpretam – na presença dos compositores Chico Buarque e Tom Jobim – “Sabiá”, canção vencedora na fase nacional e internacional de 1968.

Cynara e Cybele interpretam – na presença dos compositores Chico Buarque e Tom Jobim – “Sabiá”, canção vencedora na fase nacional e internacional de 1968.

Vaia igualmente intensa só foi ouvida no anúncio dos vencedores, iniciada tão logo foi anunciado o segundo lugar para Para Não Dizer que Não Falei de Flores. Geraldo Vandré entrou no palco sob gritos do público, inconformado com o resultado. As vaias só foram interrompidas quando o músico começou a entoar a canção, sendo acompanhado por um coro de quase 20 mil vozes. Por fim, quando Sabiá foi anunciada a vencedora, mais vaias – Cynara e Cybele, as intérpretes, mal conseguiram cantá-la.

Produção


O palco do Maracanãzinho foi modificado para a edição de 1968 do FIC. O objetivo era fazê-lo mais fechado, para que os cantores pudessem ouvir melhor o som da orquestra.

Com 30 metros de largura por 12 de profundidade, o palco foi decorado em tons azuis e brancos, com o símbolo do Galo de Ouro ao fundo, onde também havia colunas iluminadas em cores.

1969

Em 1969, o endurecimento do regime militar (a partir do Ato Institucional n° 5) e a polêmica ocorrida na edição anterior do festival inibiram o aparecimento de canções de protesto ou com conotações políticas. Entre os compositores que participaram estavam Joyce, Alceu Valença, Toninho Horta, Martinho da Vila, Jorge Ben Jor, Capinan, Os Mutantes, Dori Caymmi, Egberto Gismonti, Francis Hime e Paulo César Pinheiro, Taiguara e Danilo Caymmi.

Martinho da Vila em Festival Internacional da Canção, 1969 — Foto: Acervo/Globo

A primeira eliminatória foi realizada no Maracanãzinho, no dia 25 de setembro; a segunda, no dia 27; e a final, no dia 28. Cantiga por Luciana, de Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, interpretada por Evinha, ficou com o primeiro lugar (a música também venceria a fase internacional do festival). A canção conquistou a preferência unânime do júri e recebeu o maior número de votos do público. Em segundo, ficou Juliana, de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, executada por A Brazuca e Antônio Adolfo. E, em terceiro lugar, a música Visão Geral, de César Costa Filho (com Ruy Mauriti e Ronaldo M. de Sousa), apresentada pelo Quarteto 004 e pelo próprio César Costa Filho.

Charles Anjo 45, composição de Jorge Ben Jor que faria grande sucesso mais tarde, dividiu o público quando foi apresentada nesta edição do festival. Além das três músicas vencedoras, outros destaques das eliminatórias foram Madrugada, Carnaval e Chuva, de Martinho da Vila; Beijo Sideral, dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle; e O Mercador de Serpentes, de Egberto Gismonti (todas defendidas pelos próprios autores).

Entrevista com Paulinho Tapajós (um dos compositores de “Cantiga por Luciana”, canção vencedora na fase internacional do festival em 1969) e com Evinha (intérprete da música). Na sequência, Evinha canta.

Entrevista com Paulinho Tapajós (um dos compositores de “Cantiga por Luciana”, canção vencedora na fase internacional do festival em 1969) e com Evinha (intérprete da música). Na sequência, Evinha canta.

Produção

Com o objetivo de resolver os problemas de acústica do Maracanãzinho, que marcaram negativamente as edições anteriores do Festival Internacional da Canção, a Globo fez um alto investimento em 1969. Foi adquirido um novo equipamento, que incluía mesa de mixagem, alto-falantes e caixas acústicas – duas delas instaladas no palco, atrás do intérprete, para evitar o eco. Um especialista no equipamento foi contratado especialmente para operá-lo, e o piso onde ficava a orquestra foi forrado com lã acústica para diminuir a dispersão sonora.

O cenário ficou a cargo de Mario Monteiro. O palco contava com uma abertura circular ao fundo, por onde os cantores entravam, atravessando uma passarela até um praticável. As rampas no palco foram revestidas de borracha sintética para ninguém correr o risco de escorregar.

Dois palanques foram montados, de cada lado do palco, para abrigar as câmeras de uma TV alemã que gravaria um videoteipe. O programa, com três horas de duração, seria transmitido pela Eurovisão em 1º de janeiro de 1970. Era a primeira vez que o festival seria gravado e exibido fora do país. A transmissão foi feita em cores – o que exigiu um incremento na iluminação, aumentada para 26 mil watts e reforçada com 24 lâmpadas tipo photoflood.

A Globo também se encarregou das despesas referentes à segurança, à orquestra, aos ensaios e à produção dos programas.

Em 1969, o programa foi transmitido ao vivo, via satélite.

1970

Tony Tornado, Trio Ternura e Quarteto Osmar Milito interpretam “BR-3”, de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, canção que ficou em primeiro lugar.

Tony Tornado, Trio Ternura e Quarteto Osmar Milito interpretam “BR-3”, de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, canção que ficou em primeiro lugar.

Em 1970, 41 músicas foram selecionadas para serem apresentadas no Festival Internacional da Canção. Mais uma vez, o Maracanãzinho sediou duas eliminatórias (na quinta-feira, 15 de outubro, e no sábado, 17) e a grande final (no domingo, dia 18).

Entre as canções defendidas, havia composições de Baden Powell e Paulo César Pinheiro (Sermão), Beth Carvalho (A Velha Porta), Billy Blanco (Em Qualquer Rua de Ipanema), Beto Guedes e Fernando Brant (Feira Moderna), Jorge Ben Jor (Eu Também Quero Mocotó) e Carlos Imperial e Ibrahim Sued (Conquistando e Conquistando).

O primeiro lugar ficou com BR-3, de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, defendida por Tony Tornado, Trio Ternura e Quarteto Osmar Milito. O segundo, com O Amor É o Meu País, de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, cantada pelo próprio Ivan Lins. Completando o pódio, ficou Encouraçado, de Sueli Costa e Tite de Lemos, interpretada por Fábio.

Nas eliminatórias, a cantora Cláudia foi uma das mais aplaudidas ao defender a já citada Sermão. Também destacaram-se dois grupos: O Terço, que tocou Um Milhão de Olhos, composição de Jorge Amidem e Sérgio Hinds, dois dos seus integrantes; e Som Imaginário, que interpretou Feira Moderna. Com a música O Amor É o Meu País, Ivan Lins também foi bastante comentado.

A vencedora BR-3 e a canção Eu Também Quero Mocotó (esta defendida por Erlon Chaves e a Banda Vermelho) eram as favoritas. Apesar da surpreendente sexta colocação, Erlon Chaves foi convidado para fazer o show de encerramento da final internacional – na qual BR-3 ficaria em terceiro lugar.

Produção

Um incêndio ocorrido no Maracanãzinho em março de 1970 chegou a ameaçar a realização do Festival Internacional da Canção daquele ano. Os ensaios aconteceram, inicialmente, no auditório da Rádio Nacional, e, depois, no ginásio ainda em reformas. Cada vez mais envolvida com o festival, a Globo assumiu a maior parte das despesas necessárias para a realização do evento.

Como já ocorrera nos anos anteriores, a péssima acústica do Maracanãzinho foi um grande problema enfrentado pelos artistas.

Neste ano, o festival foi transmitido em cores para os Estados Unidos e a Europa. Também em 1970, o FIC criou uma editora musical própria, a Cannes, com a qual os compositores das músicas inscritas assinaram um contrato antes mesmo do início do festival. O objetivo era evitar que os proventos dos investimentos em cada canção acabassem nas mãos de outras editoras.

1971

Elis Regina e Ivan Lins em Festival Internacional da Canção, 1971 — Foto: Acervo/Globo

Em 1971, os potenciais entraves criados pela Censura Federal pareciam desestimular uma série de grandes artistas a inscreverem suas canções no Festival Internacional da Canção. Para evitar o esvaziamento do festival, os organizadores do concurso resolveram classificar automaticamente vários compositores da fase nacional: Baden Powell, Caetano Veloso, Capinam, Chico Buarque de Hollanda, Edu Lobo, Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Marcos e Paulo Sérgio Valle, Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Rui Guerra, Sérgio Ricardo, Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

Apesar disso, houve censura a algumas músicas, como Corpos Nus, de Taiguara, e Pirambeira, de Hermínio Bello de Carvalho e Maurício Tapajós. Diversos artistas – tanto do grupo previamente selecionado, quanto dos posteriormente inscritos – abandonaram o festival em protesto contra a censura e o governo militar, quase inviabilizando a realização do evento.

Resolvidas as questões políticas, o festival daquele ano ficou com 50 músicas, que seriam apresentadas, como de hábito, em duas eliminatórias, nos dias 24 e 25 de setembro. A final foi no domingo, dia 26.

Entre os participantes, estavam Gonzaguinha (que defendeu Sanfona de Prata, de sua autoria), Pery Ribeiro (Canto Livre, dele com Herivelto Martins), os Golden Boys (Voltar, Eu Não, de Luís Bandeira), Sérgio Sampaio e Trio (No Ano 83, de Sérgio Sampaio) e Jorge Ben (hoje, Jorge Ben Jor, com a sua Porque É Proibido Pisar na Grama).

Gonzaguinha em Festival Internacional da Canção — Foto: Acervo/Globo

A canção Kyrie, de Paulinho Soares e Marcelo Silva, apresentada pelo Trio Ternura, foi a grande vencedora do festival. Em segundo lugar, empataram Desacato, de Antônio Carlos e Jocafi, que cantaram acompanhados pelo grupo Brasil Ritmo, e Dia de Verão, de Eumir Deodato, defendida por O Grupo. Outro destaque foi O Visitante, de Jorge Amidem e César das Mercês, com o grupo de rock progressivo O Terço.

Produção

Cerca de duas toneladas e meia de equipamentos importados dos Estados Unidos e da Alemanha foram utilizados pelo departamento técnico da Globo, na época dirigido por Wilson da Silveira Brito, para a produção do Festival Internacional da Canção de 1971.

Arlete Salles em Festival Internacional da Canção, 1971 — Foto: Acervo/Globo

Em mais uma tentativa de minimizar os problemas de acústica do Maracanãzinho, foram tomadas algumas medidas, entre elas a instalação de uma nova estrutura metálica na cúpula do ginásio, que atuaria como rebatedor acústico, e de uma mesa de áudio com 36 canais e alto-falantes que projetavam o som sem difundi-lo.

A cenografia do evento ficou a cargo de Wilson Bandeira. Augusto César Vannucci e Hilton Gomes foram os responsáveis pela produção, além de cuidarem, respectivamente, da direção do espetáculo e da elaboração dos roteiros. A direção de TV foi de Walter Lacet.

Foram utilizadas quatro câmeras e duas gruas para a transmissão do evento. O sistema de iluminação contava com 48 refletores e tinha novos efeitos, como o que permitia um foco de luz concentrado em um só cantor ou solista.

1972

Em 1972, com o festival já em franca decadência, poucos dos grandes nomes inscreveram composições. Trinta canções foram selecionadas, e as eliminatórias foram realizadas nos dias 16 e 17 de setembro. Pela primeira vez, a final aconteceu no mesmo dia da segunda eliminatória.

O júri presidido por Nara Leão – destituído por conta das críticas da cantora à situação do país, em entrevista a um jornal – defendia a escolha de Cabeça, de Walter Franco, e Nó na Cama, de Ari do Cavaco e César Augusto. Mas as vencedoras, escolhidas por um segundo júri, inteiramente formado por estrangeiros, foram Fio Maravilha, de Jorge Ben (atualmente, Jorge Ben Jor), interpretada pela revelação Maria Alcina, e Diálogo, samba de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, interpretado por Cláudia Regina e Baden.

Os Mutantes em Festival Internacional da Canção, 1972 — Foto: Acervo/Globo

Uma das estrelas descobertas nesse festival foi o cantor e compositor Raul Seixas, que teve duas canções classificadas: Let me Sing, Let me Sing e Eu Sou Eu, Nicuri É o Diabo. Também se apresentaram o grupo Os Mutantes (com Mande um Abraço pra Velha, de autoria da própria banda), a cantora Marlene (com Carangola ou Navalha na Carne, de Fototi e Fauzi Arap), o cantor Fagner (com a citada Nó na Cama) e o músico Hermeto Pascoal, acompanhado por Alaíde Costa (com Serearei, do próprio Hermeto Pascoal), entre outros.

Produção

Uma vez mais, foi repetido que o problema da acústica do Maracanãzinho seria solucionado. Investiu-se em novos equipamentos e em mais potência de som.

O palco, projetado pelo argentino Federico Padilla, eliminou as tradicionais passarelas laterais e fez com que a orquestra ficasse no meio, aumentando o entrosamento com os cantores. Para embelezar a transmissão em cores, o cenário ganhou tons de rosa, amarelo, lilás, verde e azul. Bandeiras desfraldadas dos países participantes também deram um colorido a mais.

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