Concursos e Emprego

Por G1


Profissionais de dados têm alta demanda do mercado — Foto: Tilburg University/Dvulgação

Pesquisa da hrtech de recrutamento digital Intera mostra crescimento de 485% na abertura de vagas para cargos na área de inteligência de dados no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

O levantamento abrange os seguintes cargos:

  • Data Engineer (engenheiro de dados): responsável por desenhar, construir e sustentar a solução de dados. Ele constrói todo o processo para extrair os dados de diversas fontes, aplicar todas as transformações necessárias para o negócio e disponibilizar os dados de uma forma organizada e governada para que sejam consumidos pelos analistas e cientistas de dados.
  • Data Analytics (analista de dados): é quem faz o diagnóstico do que está acontecendo. Ele olha para os dados e entende como o negócio está se comportando e quais são as possíveis razões para os comportamentos encontrados.
  • Data Science (cientista de dados): tenta prever como o negócio irá se comportar no futuro e quais ações podem ser feitas para alterar o futuro em favor do negócio.

A pesquisa foi feita com 34 grandes empresas de tecnologia que fazem processos seletivos com a Intera.

As médias salariais oferecidas pelas empresas e startups pesquisadas e a expectativa salarial dos candidatos às vagas são as seguintes:

Data Analytics Pleno

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: entre R$ 7.333,00 e R$ 9.333,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 8.611,00 a R$ 9.111,00

Data Analytics Sênior

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: de R$ 8.666,00 a R$ 12.000,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 11.908,00 a R$ 12.408,00

Data Analytics Especialista/Líder

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: de R$ 15.000,00 a R$ 19.200,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 16.027,00 a R$ 16.527,00

Data Engineering Pleno

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: entre R$ 7.625,00 e R$ 11.125,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 9.645,00 a R$ 10.312,00

Data Engineer Sênior

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: de R$ 8.914,00 a 12.007,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 11.574,00 a R$ 12.074,00

Data Engineer Especialista/Líder

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: entre R$ 15.166,00 e R$ 17.166,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 15.940,00 a R$ 16.440,00

Data Science Pleno

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: entre R$ 7.416,00 e R$ 9.750,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 8.087,00 a R$ 8.571,00

Data Science Sênior

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: de R$ 9.875,00 a R$ 13.375,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 14.272,00 a R$ 14.772,00

Data Science Especialista/Líder

  • Médias salariais oferecidas pelas empresas: de R$ 18.000,00 a R$ 22.000,00
  • Expectativa salarial média dos profissionais: de R$ 16.625,00 a R$ 17.125,00

Os salários foram analisados levando em conta o valor oferecido pelas empresas pesquisadas e a expectativa salarial dos candidatos aprovados para as vagas.

Motivos para troca de emprego

O levantamento abordou ainda as razões de os candidatos quererem mudar de emprego, em meio ao mercado aquecido na área de dados.

  • 44% foram atraídos pelo desafio de estar em uma nova empresa
  • 24% pela falta de oportunidade de crescimento no emprego atual
  • 15% pela vontade de mudar de setor ou área de atuação
  • 9% pelo desejo de trabalhar em uma empresa maior que a atual

“A digitalização do trabalho abriu as fronteiras e aumentou a disponibilidade em termos de contratação, diante da possibilidade de contratar profissionais de qualquer local do país e do mundo. Por outro lado, essa expansão aumentou de forma significativa a competição por talentos. Se antes as empresas disputavam profissionais com outras empresas da mesma cidade ou estado, agora a disputa ultrapassa a fronteira nacional”, afirma Juliano Tebinka, CTO e co-founder da Intera.

Ele explica que esse movimento faz com que as empresas sejam forçadas a revisitar as suas réguas salariais para contratar bons profissionais.

“Isso acontece pelo aumento da competitividade pelos talentos. O fenômeno do trabalho remoto deu um maior poder aos candidatos, na medida em que as novas possibilidades de trabalho surgem e eles passam a ter mais opções para escolher onde e como preferem trabalhar. Diante desse novo contexto, é preciso que as empresas se perguntem: o salário da sua empresa ainda faz sentido para a nova realidade de trabalho?”, afirma o executivo.

De acordo com Tebinka, os profissionais brasileiros são disputados inclusive por empresas estrangeiras. Ele explica que as empresas internacionais oferecem oportunidades para que brasileiros trabalhem de forma remota e ganhem em euro ou dólar. "Se antes da pandemia havia dificuldade para contratar esses profissionais devido a custos com mudança e dificuldade com vistos de trabalho, o trabalho remoto acabou facilitando essa contratação por empresas estrangeiras", explica.

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