Economia

Preços das casas no segundo trimestre aumentaram 17,8% a nível nacional, mas desaceleraram em Lisboa

Preços das casas no segundo trimestre aumentaram 17,8% a nível nacional, mas desaceleraram em Lisboa
João Carlos Santos

A nível nacional, o preço mediano de alojamentos familiares foi 1494 euros por metro quadrado no segundo trimestre, mais 17,8% que no período homólogo. Em Lisboa houve uma desaceleração nos preços, mas no Porto não

O preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1494 euros por metro quadrado (m2) no segundo trimestre do ano, mais 17,8% que no período homólogo (contra 17,2% no primeiro trimestre), mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta terça-feira.

De acordo com o gabinete estatístico, o preço mediano aumentou em todas as 25 sub-regiões NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos).

Na estatística trimestral, destacam-se o Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa, com preços medianos de 2358 euros por m2 e 2076 euros, que foram também as sub regiões “que apresentaram valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (respetivamente, 2222 euros/m2 e 2050 euros/m2) e estrangeiro (2734 e 3782 euros)”.

O INE indica ainda que o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal, adquiridos pelas famílias foi de 1508 euros por m2. Já os adquiridos por compradores pertencentes aos restantes setores institucionais de 1356 euros.

No que diz respeito aos municípios com mais de 100 mil habitantes, em sete destes 24 municípios houve uma desaceleração dos preços. Isto é, a taxa de variação homóloga foi menor que no trimestre anterior, mas ainda assim os preços aumentaram face ao segundo trimestre do ano passado.

Por exemplo, em Lisboa os preços subiram 7,6% - menos que a taxa nacional e 6,1 pontos percentuais (p.p.) abaixo da variação registada no primeiro trimestre - para 3786 euros por m2.

“Em sentido oposto, a taxa de variação homóloga aumentou em seis dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa, evidenciando-se Loures (mais 8,8 p.p.). Na Área Metropolitana do Porto, observou-se também um aumento da taxa de variação homóloga em quatro dos seis municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se o Porto (mais 9,2 p.p.) e Matosinhos (mais 5,3 p.p.)”, lê-se na nota do INE.

O gabinete estatístico alerta, por fim, que há uma “sobrevalorização relativa dos valores de arrendamento, face aos valores dos preços da habitação, na maioria dos municípios das áreas metropolitanas e, diversamente, uma subvalorização relativa das rendas na generalidade dos municípios do Algarve”.

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